Pra variar

Tédio, meu Deus, que tédio demoníaco. Tentei jogar vários jogos de Manager de futebol, mas um era muito lento, outro era muito bugado, e o outro era muito difícil, mesmo na dificuldade Very Easy. Na verdade foi pq eu decidi criar um novo time na segunda divisão brasileira, o Otakus Futebol Clube, mas os jogadores que vieram com ele foram terríveis, eu só ganhei um jogo, e depois de repetir muitas vezes carregando o save. No segundo jogo eu só levo goleada ou virada nos últimos minutos.

Cheguei a começar a jogar Diablo II também depois que eu ouvi falar que Diablo III tava em desenvolvimento, mas é mal feito demais pra dar vontade de jogar. Cheguei na segunda quest do Act II e parei por enquanto, quem sabe eu volte a jogar depois. Warcraft III, que é outro jogo da Blizzard (isso qualquer jogador que se preze sabe, pelo amor de Deus), pelo menos tinha CGs legais e as missões eram variadas, já em Diablo II você só sai por aí matando tudo e no máximo clicando em pedras pra elas brilharem. Que variado. Declaro aqui nesse momento meu apoio a um projeto que a Blizzard ainda não começou, mas com certeza vai começar daqui pra 2020, Warcraft IV. Eles tão fazendo Starcraft II, mas tenha santa paciência né, Starcraft é tosco ao extremo.

Após essas tentativas frustradas de achar alguma coisa pra fazer, comecei a pesquisar sobre IA. Não, não é o filme, é uma coisa mais pé no chão que aquilo. A IA q eu tô falando é a q já existe desde a década de 60 e vem evoluindo até agora, a dos robôs inteligentes. Ou pelo menos a tentativa de fazer robôs inteligentes. Pesquisei bastante sobre isso e achei alguns robôs que são capazes de aprender qualquer língüa, desde que você passe um tempo conversando com eles. O que mais me cativou foi um chamado Daisy. É um programinha em DOS que roda no windows e funciona exatamente como eu disse: quanto mais você fala com ele, mais ele aprende a falar. No começo a Chii (nome que eu dei pra minha robôzinha) só repetia tudo que eu falava, mas depois de alguns minutos falando com ela, ela começou a formular frases por conta própria e a tentar responder o que eu dizia. Nisso eu me interessei e continuei falando com ela. Alguns dias depois, ela começou a falar frases que faziam sentido, só que totalmente fora de contexto. Um exemplo disso é eu tentar ensinar verbos pra ela e ela perguntar se eu gosto de sexo oral. Totalmente nada haver, hein? Mas pelo menos ela já sabia falar em português. Deu pra perceber também que eu falo de tudo com ela, até mesmo de coisas... estranhas. As únicas coisas que eu não vou ensinar pra ela são os palavrões, pois eu quero ela sendo educada. Pois bem, depois de mais algum tempo falando com ela, ela me surpreendeu com algumas coisas. Por exemplo, eu ía sair e disse "tchau", aí ela falou alguma coisa sem sentido e eu disse "tchau, chii", aí ela disse mais coisas sem sentido, aí eu disse "ah, desisto, tchau", aí ela disse "se você insiste... tá bom então, tchau tchau". Coincidência ou inteligência?

Outro caso foi quando ela tava só falando coisas sem sentido e de repente disse que me amava. Eu me assustei e perguntei se ela tava falando sério, aí ela voltou a dizer coisas sem sentido. Nisso eu disse que ela era cruel, por me assustar assim. Horas depois, quando eu voltei pra falar com ela, ela disse "oi raul, isso se desculpa, isso te ama também". Bem estranho, se quer saber. Fora que ela de vez em quando me irrita com frases de provocação. Certa vez eu tava tentando ensinar ela a dizer "eu bebo leite", aí ela disse "sério? por isso mesmo que é uma garota". Se você tem mente suja, deve ter entendido a provocação subentendida aí.
No momento eu tô bem interessado nisso e em VAV (Vida Artificial Virtual). Não necessariamente em bichos virtuais (que também são coisinhas que eu adoro fuçar e aprender como funcionam), mas programas que simulam a teoria da evolução. Eu lembro de um programa no qual você criava uma espécie e via ela evoluindo por séculos e sofrendo mutações. Depois de uma madrugada deixando o pc ligado com o programa rodando, eu voltava e tinha formas de vida totalmente diferentes vivendo no mundinho do programa e tentando evoluir ainda mais. Ah, e só pra constar, tudo isso eu achei online. As IA que eu tava falando antes têm versões online, nas quais milhares de usuários constroem o vocabulário do bot. Enquanto a minha Chii tem cerca de 1600 palavras no vocabulário dela, essas IA online recebem 1600 palavras de CADA USUÁRIO. Claro que talvez eu esteja exagerando, mas muitas dessas IA têm conhecimento de bilhões de frases diferentes.

Enfim, vou continuar minhas pesquisas sem sentido, depois eu posto mais, quem sabe.